O famoso teste do pezinho faz parte do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), conduzido pelo Ministério da Saúde, que inclui uma série de exames obrigatórios para recém-nascidos.
O diagnóstico precoce, o tratamento adequado e o acompanhamento médico de determinadas doenças podem prevenir a morte e proporcionar uma melhor qualidade de vida aos recém-nascidos acometidos.
A triagem neonatal pode identificar algumas dessas condições. Essa triagem identifica indivíduos em risco para uma doença ou condição específica que se beneficiariam de investigação adicional, medidas preventivas ou tratamento imediato.
Os programas de rastreamento devem ser capazes de alterar a história natural da doença em uma grande proporção da população elegível. Com a identificação feita a partir de exames específicos, o tratamento adequado pode ser iniciado para minimizar os riscos ou complicações decorrentes da condição identificada.
Os profissionais responsáveis pelo período pré-natal estão habilitados para indicar todos os testes importantes. Mas, para que você fique por dentro, separamos uma lista com os principais exames que todo recém-nascido deve fazer.
1. Teste do pezinho: triagem biológica
O teste do pezinho identifica distúrbios congênitos e hereditários. Ele deve ser realizado entre o terceiro e quinto dia de vida do recém-nascido em Unidade Básica de Saúde (UBS).
O teste é feito colhendo uma pequena amostra de sangue na região lateral do calcanhar do bebê – menos incômodo do que a coleta de sangue venoso, com seringa e agulha.
Existe mais de um tipo de teste do pezinho. Os tipos básico e ampliado estão disponíveis para realização em rede particular e no Sistema Único de Saúde (SUS).
O terceiro tipo (teste do pezinho expandido) teve sua aprovação publicada no Diário Oficial em maio de 2021 (Lei Federal n° 14.154) e deve entrar em vigor até a metade de 2022. Todos os tipos possuem o mesmo método, mas se diferenciam no número de doenças identificadas.
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2. Teste do olhinho, teste do reflexo vermelho ou triagem neonatal ocular.
O teste do olhinho é indolor e ajuda a detectar condições e problemas de visão que podem ser congênitos, como a catarata e o glaucoma.
O exame, disponível no SUS, é realizado em um quarto escuro onde o médico aponta um feixe de luz no olho do bebê.
O objetivo é que apareça um reflexo vermelho, o que indicará uma visão saudável. Este exame deve ser realizado até a primeira semana do recém-nascido.
3. Teste da orelhinha, ou triagem neonatal auditiva.
O teste da orelhinha é feito dentro de 48 horas após o nascimento do bebê.
Totalmente indolor, o teste dura cerca de 10 minutos e é feito a partir da emissão de ondas otossônicas no ouvido do bebê enquanto ele está dormindo.
O exame é obrigatório e oferecido gratuitamente pelo SUS para identificar deficiência auditiva.
Caso seja encontrada alguma alteração, o recém-nascido deve ser encaminhado ao fonoaudiólogo e ao otorrinolaringologista para avaliação.
4. Teste do coraçãozinho, ou triagem neonatal para cardiopatia congênita crítica.
O teste do coraçãozinho rastreia doenças cardíacas graves em recém-nascidos e ajuda no tratamento precoce, melhorando a qualidade de vida do bebê.
O exame oferecido gratuitamente pelo SUS é feito com a ajuda de um oxímetro, uma espécie de pulseira que é colocada nos pulsos e pés do bebê para medir os seus níveis de oxigênio no sangue.
Também é indolor e deve ser feito dentro de 24 horas após o nascimento.
Se houver alterações, o bebê é encaminhado para exames específicos que detectam defeitos cardíacos em bebês.
5. Teste da linguinha.
Disponível no SUS, O teste da linguinha é um teste padronizado e obrigatório que diagnostica e indica o tratamento precoce do frênulo lingual (língua presa), que pode prejudicar as funções da língua: sucção, deglutição, mastigação e fala.
Os exames de língua são simples e indolores e são realizados nos primeiros dias de vida do bebê, geralmente na maternidade.
6. Teste do quadril.
O teste do quadril é um exame clínico no qual o pediatra examina as pernas do recém-nascido.
É geralmente realizado na maternidade e na primeira consulta com o pediatra, dentro das primeiras 24 horas de vida do bebê.
O objetivo do teste é identificar alterações no desenvolvimento do quadril (diagnóstico de displasia do desenvolvimento do quadril, DDQ) que podem resultar posteriormente em dor, encurtamento do membro ou osteoartrose.
7. Tipagem sanguínea.
Existe ainda o teste de tipagem sanguínea, que identifica o tipo sanguíneo do bebê pelo sangue do cordão umbilical no momento do nascimento.
Neste exame gratuito do SUS é possível rastrear o risco de incompatibilidade sanguínea, que pode acarretar problemas como a icterícia neonatal, presente em cerca de 60% dos recém-nascidos e 80% dos prematuros.
O diagnóstico precoce é essencial para o bem-estar e a qualidade de vida do recém-nascido.
Os testes obrigatórios para o recém-nascido são o teste do pezinho, a tipagem sanguínea, o teste da orelhinha, do olhinho, do coraçãozinho e da linguinha e são indicados logo na primeira semana de vida, de preferência ainda na maternidade, pois caso seja identificada qualquer alteração, o tratamento pode ser iniciado imediatamente, promovendo o desenvolvimento normal e a qualidade de vida do bebê.
Cada exame tem como objetivo principal o bem-estar do bebê em cada fase da vida. Por isso, é muito importante manter as consultas mensais com um pediatra durante o primeiro ano de vida.
Na Pharmedic, defendemos que o diagnóstico precoce é uma ação de amor pela vida! Então coloque os exames do seu recém-nascido em dia e, em caso de dúvidas, busque informações com um pediatra de confiança ou na rede de saúde pública, combinado?